domingo, 30 de maio de 2010

"Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" Sonhar é preciso..Viver, quem sabe


Uma trama, a meu ver, despretenciosa. Tem como figura principal, Amélie, uma garota parisiense, ligada nos detalhes e na simplicidade da vida, criada pelos pais longe do convívio com outras crianças. Quando cresce (agora interpretada pela ótima Audrey Tatou), a jovem perspicaz e de expressivos olhos escuros encontra uma caixinha que guardava mais do que brinquedos, mas recordações da efêmera, porém marcante infância de alguém. Amélie chega à conclusão de que seu “fabuloso destino” é simplesmente praticar o bem para tornar mais bela a vida das outras outras pessoas, e começa a procura pelo dono da caixinha. No entanto, como seu convívio social sempre fora muito restrito, ela se percebe tímida demais para cumprir sua missão. Mas buscará caminhos alternativos – e bastante divertidos – para [con]seguir seu objetivo. Pelos caminhos de Amélie, cruzarão os mais bizarros, fascinantes e inesquecíveis personagens e as mais belas histórias (quando não tão belas em realidade, pelo menos eram no desejo e na imaginação de Amélie). Os personagens vão desde um rapaz que coleciona fotografias 3x4 de pessoas anônimas, até um senhor que não vê televisão porque tem preguiça de trocar os canais. A narrativa é vibrante e a montagem é primorosa, chegando a proporcionar um prazer estético, um maravilhamento que não há outra interjeição que descreva, a não ser uma "Delícia!". No início, o filme faz lembrar bastante o curta brasileiro:"Ilha das Flores". Mas depois Amélie segue seu caminho, numa mistura de fábula, romance e de histórias “como as de antigamente"..daquelas que eu ousaria até dizer que nem existem mais. Ficção, onirismo ou mentira, como queiram denominar a trama do filme, o que fica é a mensagem de que TALVEZ, apenas talvez valha a pena sonhar..

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tempo..louco..tempo

O tempo corre e passa por mim como um ébrio.
Um ébrio louco e apressado.
E eu não consigo apanhá-lo.
#constatado

Ao ritmo da vida..VIVO!

Vivo como quero...
Sem pressas...devagar ou correndo, mas sempre em frente
A saborear, sentindo o leve gosto do que desejo
A sorrir...
A ser eu...suave..ou forte
E ao ritmo da vida!

domingo, 23 de maio de 2010

sobre Palavra e Poesia

Creio que a Palavra desaparece quando se faz Poesia, pois o poeta revela justamente o segredo que ela guarda em si. Na Poesia, a Palavra não é a mesma que se abriga nos dicionários..o poeta a absorve para que ela o tome..para que ela, dele se apodere, e dele se desfaça e dele ABSTRAIA tanto quanto possa. Essa mesma Palavra que transforma e ganha vida, que se disfarça de muitas mesmo sendo uma só..que é diferente cada vez que a sentimos. Enfim, Poesia: mente quem diz que entende..

sábado, 22 de maio de 2010

Sem nexo



No começo era apenas um começo e assim também terminou.E isso tudo pq o ninguém o quis.Nem mesmo ele...e o jeito era tocar um tango argentino!
FIM

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cateto oposto

GRITAR...silenciar
Esconder...revelar
Reaver...guardar
Amar E odiar

Extremos tão próximos...
Distam entre si
O que disto de mim
[O avesso ao inverso]

P.G. das angústias
[Oscila e converge]
Limita a mim mesma
A soma das partes
Que nunca dá UM...

Vão de Mim

O ser que abrigo em meu corpo
Já nã sou Eu!
Meu Eu que nunca foi meu
E jamais seria,
Pois não me conheço e
Não O reconheceria [talvez]
Ou conheço-me tão pouco
Que melhor seria nada conhecer.

Não revelo a outrem o precipício de uma
[a precípua] vaga existência
Faz sempre de minh'alma clamor
Por abstrair de si um sentido que não encontrou
[em toda a sua busca...]

[19 jun 2009]

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tudo virá Pó


No céu, um quarto de Lua
Sem estrelas visíveis
Límpido e claro
Ferino...

É meio-dia
E não há sol
Somente nuvens

Fim de tarde...
Sombra

Aurora
...
O Céu
A Lua
O Sol
A Sombra
Aurora
...
Um dia
Um sonho
O vento leva
Tudo vira Pó
E só

“a vida só é possível reinventada”



Bem, esse é um daqueles poemas que fazem pensar..sobre o que de fato é merecedor de ser guardado em meio à breVIDÃO de nossa "vidinha" [Não me entendam mal, o universo tem bilhões de anos..e nós? Não mais que alguns poucos.. e por que não fazê-los BONS, então?]. Ele é da Cecília Meireles. Pensando bem, quem mais teria captado com tanta paixão esse espaço entre nascimento e morte que é a vida, não fosse essa mulher fantástica? Sim, há muitos bons, mas Cecília é ela..e Só ela! No fundo, ela escreveu o que todos queremos e, na maioria das vezes, simplesmente achamos que não conseguimos fazer: NOS REINVENTAR..sermos um só, mas muitos!

Reinvenção
A vida só é possível
reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas…
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas de ilusionismo… — mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço…
Só — no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só — na treva,
fico: recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

É isso.. #ficouadica ;D