Ver que pessoas podem passar fome mesmo em meio à fartura..rebeldes, em maioria, lutam sem causa..a história é muito mais fácil de ser editada do que (re)escrita..colocar debaixo do tapete dá menos trabalho que tentar limpar a sujeira..o palhaço olha no espelho e enxerga o pranto em lugar do riso em seu rosto...o relógio também pode perder as horas..e que as ondas, em meio ao seu vai e vem, se desencontram no mar..
Estranho, mas comum, tem sido constatar que viver não mais é melhor do que sonhar..
quarta-feira, 28 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
O Poema e a Bailarina..versos que dançam
Eles se encontraram
Na imensa solidão de um quarto exíguo,
O Poema e a Bailarina.
Naquela noite em que não se viam estrelas ou luar,
À luz de um velho e empoeirado candeeiro de porcelana.
Ele vive no versos e em sonetos rabiscados,
Nas linhas escritas e naquelas em branco, a serem escritas,
De um inacabado livro de mesinha-de-cabeceira;
Ela, presa no duro e frio mecanismo magnetizado
De uma caixa de madeira, pintada cautelosamente à mão.
Ela, deixou-se prender pelo ritmo dolente
Das palavras ternas que ele lhe sussurra..
Suavemente ferem.
E ele, pelo seu corpo perfeito de plástico colorido
A rodopiar ao som de um piano metálico, cintilante.
Mas é tarde demais.
Agora são incapazes de se libertarem daquele feitiço,
Aguardam ansiosamente pela noite;
Ela, encerrada na escuridão da caixa fechada;
Ele, nas páginas vazias do livro por escrever.
Quando o poeta se entrega a si mesmo,
Mergulhado na tela colorida dos sonhos,
E seu pincel traça cristalinas paisagens
Sobre cavaletes de espuma e vento;
A magia, todas as noites se renova,
Acende-se na penumbra sufocante do quarto
Libertando os amantes acorrentados
Às frias amarras de um estranho destino.
Ela, das profundezas de um camarim soterrado
Emerge, com seu vestido de seda branco, arte
E um realejo de fantasias por satisfazer,
Enchendo o quarto com arrebatadas danças e mimos.
Ele, abre asas e desliza nos céus de papel,
Ao ritmo da melodia que rasga o silêncio
Em exaltados versos que ganham vida,
Imortalizando uma paixão impossível,
À luz do sonho naquele quarto,
Que aos poucos esvai-se.
Na imensa solidão de um quarto exíguo,
O Poema e a Bailarina.
Naquela noite em que não se viam estrelas ou luar,
À luz de um velho e empoeirado candeeiro de porcelana.
Ele vive no versos e em sonetos rabiscados,
Nas linhas escritas e naquelas em branco, a serem escritas,
De um inacabado livro de mesinha-de-cabeceira;
Ela, presa no duro e frio mecanismo magnetizado
De uma caixa de madeira, pintada cautelosamente à mão.
Ela, deixou-se prender pelo ritmo dolente
Das palavras ternas que ele lhe sussurra..
Suavemente ferem.
E ele, pelo seu corpo perfeito de plástico colorido
A rodopiar ao som de um piano metálico, cintilante.
Mas é tarde demais.
Agora são incapazes de se libertarem daquele feitiço,
Aguardam ansiosamente pela noite;
Ela, encerrada na escuridão da caixa fechada;
Ele, nas páginas vazias do livro por escrever.
Quando o poeta se entrega a si mesmo,
Mergulhado na tela colorida dos sonhos,
E seu pincel traça cristalinas paisagens
Sobre cavaletes de espuma e vento;
A magia, todas as noites se renova,
Acende-se na penumbra sufocante do quarto
Libertando os amantes acorrentados
Às frias amarras de um estranho destino.
Ela, das profundezas de um camarim soterrado
Emerge, com seu vestido de seda branco, arte
E um realejo de fantasias por satisfazer,
Enchendo o quarto com arrebatadas danças e mimos.
Ele, abre asas e desliza nos céus de papel,
Ao ritmo da melodia que rasga o silêncio
Em exaltados versos que ganham vida,
Imortalizando uma paixão impossível,
À luz do sonho naquele quarto,
Que aos poucos esvai-se.
sábado, 10 de julho de 2010
Banal ou normal, basta escolher.
Às vezes algumas ideias perturbam a mente e fazem pensar e perceber tudo de maneira diferente do que era um segundo atrás. A gnt se dá conta da brevidade da vida, que muitas vezes teima em nos fazer confusos, como nossa própria natureza, e tenho a impressão de que em certos momentos ela tenta nos excluir da possibilidade de tantas coisas as quais não temos, mas desejamos MUITO, ou nos joga sem piedade em circunstâncias deploráveis que, de tão banais, são normais (não, a ordem a meu ver é essa mesmo..pois dizer que algo é banal já é tão normal que perdeu o sentido inicial). O ser humano, por peculiar, é contraditório. Vou explicar..ainda que eu tenha a certeza de que você leu, entendeu e até poderia completar a explicação SEM FALHAS: falamos de moralismos sem moralidades, falamos de perdão e julgamos, falamos de liberdade e somos os primeiros a cerceá-la..nos achamos tão acima de qualquer vicissitude, mas sabemos achá-la no outro tão facilmente. Um erro nosso? É Fatalidade, descuido, equívoco, falha que não se repetirá. E repete..não só uma ou duas vezes. É um ciclo: você erra, reconhece (sim..acontece de vez em quando, afinal SOMOS CONTRADITÓRIOS até aí), pede desculpa, acha que aprende e depois erra de novo e por aí vai..não que eu ache que não se deve errar para aprender, o que me incomoda são elas, as justificativas, que só servem de muletas para quem nelas acredite(apesar de eu achar que justificativa, para amigo, não precisa e, para inimigo, não adianta). Caminhamos durante a vida toda assim e sem perceber. E eu penso que quando finalmente nos damos conta, já deve ser tarde demais para querer mudar tudo que (não) vivemos. Temos esse intermédio entre óvulo fecundado e último suspiro para sermos o que quisermos e não apenas a mediocridade do que pudermos. Temos várias chances de sermos tudo isso, mas o mais difícil é admitirmos que só depende de nós e de mais ninguém.
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